Ser LGBTQIAP+ na escola é transitar por vários espaços que diariamente nos são negados. Quando não somos violentados na sala de aula, sofremos lgbtfobia nas quadras de esportes, na fila da merenda, nos pátios, nos corredores e até mesmo na diretoria, quando nossa falas não são ouvidas e nossos direitos básicos nos são retirados.
Este ensaio fotográfico, de algum modo, buscou retratar essa vivências. Do lado de fora da escola, esperando no portão, está uma pessoa LGBT que se vê excluída desses espaços, mesmo quando fisicamente se encontra presente nela. De mãos dadas, andam dois meninos que se amam, se respeitam e ocupam o lugar da escola enquanto um espaço de resistência.
O banheiro que, de modo paradoxal, violenta diariamente pessoas transexuais é representado como o ambiente em que muitos vivem seus afetos, por não poderem fazer o mesmo nos corredores, nas escadas e em outros lugares abertos, como fazem os casais heterossexuais.
Cada imagem é um retrato. Um ato. Uma expressão de resistência, coragem e luta. Palavras que estão constantemente presentes na vida de alunos e alunas LGBTQIAP+.
